Falar em ecossistemas amazônicos é falar em complexas relações entre atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera.
As relações entre esses quatro sistemas é que equilibram todos os ecossistemas terrestres.
Embora este domínio natural apresente, de maneira geral, formas de relevo aparentadas e coberturas vegetais extensivas que dão a idéia de homogeneidade, no seu interior existe uma série de condições ecológicas, pedológicas, hídricas e fitogeográficas diferenciadas (AB'SÁBER, 1984, p. 173). Os ecossistemas florestais representam mais de 90% de toda a Amazônia brasileira em uma extensão de 3.500.000 km2 (BRAGA, 1979, p. 54).
A mistura de espécies é muito grande, ou seja, há muitas espécies por unidade de área, sem uma nítida predominância de uma ou de algumas delas quanto ao número de indivíduos; isto ocorre mais claramente na floresta de terra firme com uma extensão de 3.300.000 km2. E como foi visto no tópico anterior, esta heterogeneidade de espécies e de relações internas e externas (com a atmosfera) torna os ecossistemas amazônicos, mais especificamente os florestais, de difícil trabalho na problemática do aumento do CO2atmosférico e suas conseqüências na biomassa vegetal.
A heterogeneidade de espécies caracteriza-se por individuos morfológica e fisiologicamente distintos e portanto capazes de dar diferentes respostas aos fatores limitantes de crescimento: escassez d'água, muita ou pouca luz, escassez ou excesso de minerais e temperatura. A amplitude das florestas e as relações que mantêm com a atmosfera também são um problema cheio de nuances. A título de exemplo, a estratigrafía florestal impede uma homogeneização de oportunidade de contato de todos os vegetais tanto com o CO2 atmosférico como com o CO2respirado pelas raízes das árvores. Isto quer dizer que o dossel mais alto das florestas tem maior contato com o dióxido de carbono da atmosfera em relação aos vários outros níveis de camadas de vegetação.
Isto é apenas a ponta do iceberg. Tanto uma série de variáveis no nível de indivíduo e de comunidade, como um todo, assim como as inter-relações entre essas variáveis é que podem nos dizer que tipo de resposta a biomassa florestal tem em relação ao aumento de CO2 atmosférico.
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